Até quando???

É, rapaziada... Parece que é o fim dos tempos, mesmo... Dia desses peguei o ônibus, depois de um longo e cansativo dia de trabalho, e, de repente, na maior cara de pau do mundo, um maluco sacou de um pacote de salgadinhos vazio e... lá vai! Mais um lixo dispensado nas ruas da nossa já atolada megalópole sitiada pela sujeira. Aí, de verdade. Me deu vontade de falar um montão pro cara. Perguntar se ele fazia aquilo na casa dele também. Aí pensei melhor. E se ele me respondesse que sim? Eu ficaria com a maior cara de zé. Então deixei quieto. Peguei meu ônibus e vim observando no caminho as ruas e as calçadas. Quanta sujeira, velhos! O povo não tem um pingo de educação e respeito por aqueles que ficam no sol, na chuva, no calor, no frio, enfim, nas ruas com suas vassouras e carrinhos pra varrer e limpar o serviço sujo dos mal-educados de plantão.
Na semana que passou fomos premiados com diversas enchentes. É sofá jogado em rio da zona leste, guarda-roupas em córrego na sul, geladeira na norte... e assim vai. Tá certo que a prefeitura tem a obrigação de limpar e manter limpas nossas bocas-de-lobo e córregos, mas, desse jeito não tem quem aguente! E olha que nosso governo não é dos mais eficientes e nós sabemos disso, não é mesmo?
Tenho pensado numa forma de criar uma campanha de conscientização da população, quer seja nas ruas, quer seja nas escolas. Queria fazer o povo entender que o simples ato de não jogar nem um papelzinho que seja, mesmo um humilde papel de bala, já é um princípio para buscarmos melhorar a higiene da nossa amada cidade. Vamos exercer nossa cidadania, cobrar dos mais próximos de nós que não cometam essa atrocidade e que repassem aos seus filhos essa lição, afinal, o futuro é dos jovens e crianças de hoje e se os educarmos da forma correta, com certeza teremos um país mais limpo quando eles chegarem na nossa idade.
Eduquemos nossas crianças e as dos outros também, caso eles não tenham conseguido fazer isso até hoje. Manter a cidade e o país limpo parece impossível, mas não é. Essa lição deve começar dentro das nossas casas. É simples. Só precisamos fazer nossa parte. E isso, convenhamos, não depende de ninguém senão de nós mesmos...